Longe do sucesso, Mandetta tenta detonar Bolsonaro em entrevista, mas engole do próprio veneno
Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e expôs bastidores do mundo político em entrevista ao apresentador Pedro Bial, da TV Globo. A entrevista de Mandetta repercutiu nas redes sociais.
Mandetta contou, entre outras coisas, que alertou Bolsonaro sobre o número de mortes por Covid-19. O ex-ministro teria mostrado ao presidente que 180 mil pessoas poderiam morrer. Mandetta também expôs que Bolsonaro acreditava que o coronavírus era uma arma biológica da China para levar de volta à esquerda ao poder na América Latina.
Durante a conversa, Mandetta também fez uma autocrítica. “O meu grande erro foi não ter sido capaz de demonstrar para o presidente uma maneira mais convincente, que era a minha função, de demovê-lo daquele caminho e colocá-lo neste caminho para a gente andar [juntos]”, disse o ex-ministro da Saúde.
Mandetta é criticado nas redes sociais
Quando fui diagnosticado com covid, a médica "petista" que me atendeu, receitou apenas dipirona, vitamina C e me mandou ficar em casa e só voltasse se piorasse. Eu já estava mal e quase morri!
Protocolo MANDETTA: Fiquem casa e só vá ao hospital se estiver com falta de ar. 👻💀💪
— Frank César 🇧🇷 (@fec5588fm) September 25, 2020
Entre muitos internautas que gostaram das palavras de Mandetta, houve também críticas ao ex-ministro. “Quem aí assistiu o Mandetta na entrevista com o Bial? Sabem me dizer se ele também relembrou que pediu ao povo para só ir ao hospital quando estivesse quase morrendo?”, questionou um internauta.
Sentindo falta dos holofotes, das entrevistas em cadeia nacional, do flash popularidade, o Ministro Mandetta, idealizador do cultuado programa: "Morra em Casa", tenta retornar a mídia escrevendo um livro. Poderia tentar uma vaga na "Fazenda" o must das subcelebridades. Mutretta! pic.twitter.com/DGQbkTvCbk
— Linda (@Lindasod) September 25, 2020
No início da pandemia, Mandetta pediu às pessoas que ficassem em casa, mesmo com sintomas, e que só fossem ao médico se sentissem falta de ar. Este era o protocolo adotado naquele momento. Apoiadores de Bolsonaro usam isso contra o ex-ministro. Depois da saída de Mandetta, o Ministério da Saúde foi dirigido por Nelson Teich, que ficou um mês no cargo. O ministro atual é Eduardo Pazuello.