A dura decisão de um pai entre tentar salvar uma das filhas ou deixar as duas morrerem
Mais raro do que filhos gêmeos comuns é a difícil condição dos gêmeos siameses. Além de ser uma hipótese remota isso acontecer na formação dos bebês, apenas uma pequena porcentagem deles chega à fase adulta. A maioria morre durante o parto ou pouco tempo depois do nascimento.
Um homem de Senegal teve essa experiência e suas filhas chegaram aos dois anos e oito meses de vida. Entretanto, algo inesperado aconteceu. Ibrahima Ndiaye foi surpreendido com a notícia de que precisaria, mesmo após todo esse tempo de convivência, optar por uma das filhas, Marieme e Ndeye.
Apesar de ter uma vida confortável no Senegal, o preconceito da população contra deficientes obrigou a família a se mudar, pois as gêmeas passaram a correr sério risco de morte, não pelo problema, mas por ataques maldosos. Além disso, Ibrahima queria buscar uma solução em um país com medicina mais avançada.
Os exames constataram que ambas as meninas possuíam cérebro, coração e pulmões próprios, mas a notícia não era de todo uma alegria. Os sistemas digestivo e urinário era compartilhado, com apenas um fígado para as duas, bem como uma única bexiga também. Os rins eram 3, em vez de dois pares.
O coração de Marieme também foi diagnosticado fraco para aguentar sozinho o corpo da menina caso ocorresse a separação. Ela só se mantinha viva graças ao órgão da irmã, mais forte e saudável.
O médico afirmou que o coração bom também não aguentaria muito tempo e tão logo poderia falhar, caso as irmãs não fossem separadas. Nessa condição, Ibrahima precisa optar pela vida de Ndeye ou a morte de ambas, uma decisão nada fácil de ser tomada.